Por Pedro Signorelli
Estamos no último mês de 2024 e agora é o momento de olhar com muito cuidado para os colaboradores da sua empresa, com o objetivo de fornecer um feedback individualizado e - principalmente justo - para cada um deles, além de conseguir entender como o trabalho das pessoas estão impactando a organização de forma geral, seja esse impacto positivo ou até mesmo negativo.
A verdade é que o final do ano costuma trazer aquela sensação de cansaço e de querer que acabe logo mesmo. No entanto, você enquanto gestor, precisa fazer com que os integrantes do seu time não se sintam desanimados, pelo contrário. Essa é uma época em que os colaboradores precisam estar satisfeitos com o emprego que possuem, o que será fruto de um trabalho que deve ter sido feito ao longo dos meses.
E por que estou dizendo isso? As pessoas podem começar a pensar em encerrar ciclos justo no mês de dezembro, para que comecem uma nova etapa no próximo ano, tendo em vista o bônus garantido. E isso inclui pedir demissão de seus trabalhos atuais, para aceitarem novas oportunidades que sejam mais interessantes ou que tenham chamado a atenção, por funções mais atrativas ou um salário maior e melhor.
O fato é que para colher, você tem que semear. Nestes casos, é muito importante que o líder tenha realizado um trabalho ao longo dos meses para cativar o time, fazendo com que as pessoas não queiram ir embora, ainda mais em um momento festivo e de encerramento, onde os colaboradores de grande parte das empresas costumam celebrar pelas conquistas do ano e criar metas para serem atingidas futuramente.
Por essa razão, é fundamental saber quais são as dores dos membros da equipe, para que seja possível eventualmente saná-las e assim, conseguir reter talentos, que com certeza fazem a diferença no desempenho geral da empresa. Ninguém é insubstituível, mas é bom saber que podemos contar com pessoas competentes e que se dedicam em entregar as melhores performances diariamente.
Uma premissa dos OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, está justamente ligada a importância do time para o alcance dos resultados, e a ferramenta pode ajudar os líderes a perceberem o que precisa ser feito para conseguir oferecer as condições para que os colaboradores queiram ficar na empresa e estejam satisfeitos. E isso vai desde um ambiente de trabalho saudável como ao aumento de benefícios, por exemplo.
Nem sempre um salário alto vai ‘prender’ uma pessoa em um trabalho, pois existem outras questões que influenciam na decisão de ficar ou sair. Levantamento da consultoria GPTW - Great Place To Work - elencou os 5 fatores que motivam a permanência dos funcionários nas empresas, e o salário não é o primeiro: 1° Oportunidade de crescimento; 2° Qualidade de vida; 3° Remuneração e benefícios; 4° Alinhamento de valores; 5° Estabilidade.
Diante deste cenário, é essencial que o gestor compreenda que é preciso construir todos os dias um processo onde os integrantes da equipe vão querer permanecer na empresa, não por falta de alternativas, mas porque realmente querem estar ali. E é essa a diferença para conseguir reter os talentos e ao mesmo ter colaboradores que realmente estão felizes com a posição que ocupam.
Quando se utiliza bem todo o potencial oferecido pelos OKRs, o líder engaja o time na definição das prioridades e dá autonomia para que possam trabalhar. Acredite em mim, estes dois pontos são fundamentais para um engajamento maior dos colaboradores, que vão levar a resultados melhores.
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Autor: Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
Fonte e foto: Seven PR
Imagem de Fauxels por Pexels
Não se mexe em time que está ganhando
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