Você já ouviu falar sobre o Next Generation MES? O conceito, embora não seja novo, está ganhando força no mercado, especialmente no meio industrial, por representar uma evolução dos dois tipos tradicionais de sistemas de gestão de chão de fábrica: o MES (Manufacturing Execution System) e o MOM (Manufacturing Operations Management). A atualização desses sistemas, amplamente utilizados por diversas empresas, está alinhada com a atual fase de transformação digital que impacta diversos setores, incluindo a indústria.
Antes de tudo, é importante fazer o seguinte questionamento: a indústria brasileira está preparada para o futuro? Historicamente, o setor industrial no nosso país teve um desenvolvimento tardio em relação à outras nações. Foi somente em 1930, um século depois do surgimento das primeiras indústrias na Europa, que o Brasil começou a ingressar nessa vertical. Durante a primeira metade do século XX, seguiu crescendo até que, nos anos 80, chegou a ter 35,9% de participação da indústria de transformação no PIB, para depois entrar em uma derrocada e atingir sua menor relevância - 11,2% - em 2020.
Mesmo passando por altos e baixos, no início deste ano, o segmento retomou o seu índice de crescimento. Hoje, o setor possui uma participação mais ativa na nossa economia, representando, em 2023, 15,3% do PIB nacional. O levantamento mostrou que as indústrias brasileiras tiveram um aumento significativo na geração de novos empregos, na onda de um ritmo e volume de produção crescente desde 2022.
Os dados de evolução têm mostrado que existe demanda para a recuperação da indústria brasileira. Porém, para um parque fabril antigo como o nosso, logo chegaremos ao limite da capacidade produtiva. A partir daí, existem dois caminhos: investimento na capacidade de produção ou ganho de produtividade. O primeiro caminho exige tempo e investimento. Já o segundo exige planejamento e compromisso.
Factualmente, temos problemas nos dois lados. Os investimentos dependem majoritariamente de capital estrangeiro, que tem buscado mercados asiáticos quando o assunto é manufatura e a produtividade depende de educação e capacitação para administrar processos e projetos de tecnologia voltadas ao fluxo produtivo.
No micro, a indústria é quem sofre: não tem capital para investir em altos custos de projetos de produtividade e tem dificuldade para encontrar pessoas capacitadas para otimizar processos e implementar novas tecnologias.
Sem tomar conhecimento dos problemas da nossa indústria, o mundo caminha a passos largos em direção à digitalização, à gestão via aplicativos e à computação em nuvem. Nessa lacuna entre tecnologia do dia a dia e a defasada tecnologia da industrial surgem novas oportunidades de inovação, mais acessíveis e que têm um potencial enorme de aumento de produtividade.
Nessa mudança, os tradicionais modelos de sistema supervisórios passam a dar lugar à sistemas conectados, nos quais máquinas, pessoas, processos e sistemas interagem entre si. Mais do que monitorar os processos e acompanhar o ciclo de produção, o MES também evoluiu e conta com novas integrações que ampliam a conectividade e a capacidade de tomada de decisão.
Tradicionalmente, quando falamos de implementar uma nova tecnologia, pensamos em processos caros e demorados. A nova geração de soluções, entretanto, torna a jornada mais simples para operadores, desenvolvedores de sistemas e gestores. As coletas de dados tornam-se mais estruturadas, e as ferramentas especializadas em captura de registros garantem qualidade. Assim, as análises geradas em tempo real resultam em redução de desperdícios e aumento de produtividade. Assim, as informações coletadas são entregues aos usuários, que detém o conhecimento do processo e são responsáveis por melhorá-los.
Enquanto falamos sobre Chat GPT no dia a dia, a grande parte da indústria ainda roda no papel. Isso só reforça o quanto ainda temos a melhorar e o tamanho da oportunidade a nossa frente. É fundamental que cada organização do meio industrial busque sempre ser mais produtivo e que veja a tecnologia como aliada para encurtar esse caminho.
É por meio da combinação de boas práticas e novas tecnologias que avançamos sem abandonar a satisfação dos usuários, que passam a usufruir de uma gestão otimizada e estratégica em seus atendimentos por serem direcionados por dados e informações com alto índice de precisão. Afinal, o futuro do setor industrial é promissor para aqueles que souberem explorar e acompanhar o que há de melhor e mais inovador.
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Autor: Luis Bezerra é co-founder da PlantScanner, empresa da SPS Group.
Sobre a SPS Group: Localizada em São José dos Campos (SP), a SPS Group atua há mais de 12 anos como uma integradora de tecnologia multinacional brasileira, que se consolidou com operações de SAP Business One, com projetos premiados e reconhecidos internacionalmente por sua excelência e qualidade. Parceira SAP Gold Partner, além de oferecer as soluções do portfólio SAP, também desenvolve internamente extensões tecnológicas adicionais ao B1, com vasto know-how para atendimento de pequenas e médias empresas dos mais diversos setores da economia. Reforçando o compromisso em fornecer soluções tecnológicas de ponta para todo o mercado, a SPS passou a trabalhar também com os recursos de SAP S/4HANA, tanto na versão Public Cloud, quanto Private, apoiando as empresas em uma operação inteligente, com processamentos em tempo real, Machine Learning, análises preditivas e muito mais. Com expertise atestada no segmento de manufatura, a SPS oferece a PlantScanner, uma plataforma voltada para melhorias de desempenho nas atividades de produção, com gestão embarcada no sistema MES (Manufacturing Execution Systems), podendo ser utilizada em qualquer tipo de indústria, independente do segmento ou porte. Ainda, a empresa oferta uma gama de soluções avançadas de backup e segurança da informação, BaaS (Backup As A Service), soluções em nuvem, licenciamento Microsoft, switches de rede, entre outros. Com todos os consultores especialistas certificados pela SAP, o grupo já soma mais de 200 clientes em todo território nacional e internacional, e conta com mais de 180 colaboradores divididos entre as unidades de São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Londrina, Manaus e Rio de Janeiro.
Fonte e foto: InformaMidia
Imagem de Reto Scheiwiller por Pixabay
Next Generation MES: a indústria está preparada para o futuro?
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