Por Luiz Cesar Baptistella
A inserção da Inteligência Artificial nas empresas e nas atividades corporativas está longe de ser uma visão futurista. Na prática, a presença de softwares que gerenciam diversas fases do trabalho, aprimoram a precisão dos serviços e impulsionam a produtividade faz parte de uma realidade moldada pela transformação digital.
A ascensão da importância da Inteligência Artificial para as companhias é resultado de uma combinação de avanços tecnológicos, disponibilidade de dados massivos e a necessidade crescente de eficiência, inovação e competitividade.
Em um contexto de big data (gerado pela própria tecnologia) e urgência por análise constante de informações, o uso de ferramentas que auxiliam nesses processos se tornou uma necessidade estratégica para aquelas organizações que buscam se manter competitivas e inovadoras em diversos setores da economia.
Dito isso, nos últimos anos, é notável o crescente entusiasmo a respeito da IA e as possibilidades geradas por ela, principalmente com o advento da Generative AI (Inteligência Artificial Generativa), e dos chatbots inteligentes, como o ChatGPT.
Contudo, é fundamental analisar a realidade de um negócio antes de embarcar na onda das tecnologias de IA. Cada empresa deve entender o que isto significará para seu negócio e como isso vai mudar a maneira como trabalha.
Um estudo da consultoria McKinsey, chamado “The Economic potential of generative AI – The next productive frontier”, revela que “o impacto da IA generativa na produtividade poderia agregar trilhões de dólares em valor à economia global nos próximos anos”. De fato, esse impacto será sentido em todos os setores, em todos os departamentos e em todas as funções das organizações.
Mas como a IA se aplica no dia a dia de uma empresa?
Existem diversas abordagens para incorporar a IA em uma organização. Automação de processos, criação de soluções personalizadas, análise de dados e chatbots de atendimento automatizado são algumas das aplicações mais comuns da tecnologia nos negócios.
Por exemplo, suponhamos um caso hipotético onde uma grande empresa presta suporte a uma ampla base de funcionários, totalizando cerca de 100 mil pessoas. Essa organização enfrenta um desafio significativo de gerenciar um volume massivo de questões e solicitações, que chegam a mais de 10 mil por dia. Nessa conjuntura, o aprendizado de máquina (Machine Learning) seria uma alternativa muito interessante para automatizar o fluxo de trabalho e tornar o serviço mais assertivo e ágil.
Outro exemplo, imagine o caso onde um cliente esteja insatisfeito e questione a empresa através de algum canal de atendimento a respeito de sua compra. Nessa situação, é necessário um atendimento rápido, assertivo e personalizado, pois a reputação da organização está em jogo. Utilizando Generative AI, um Agente Virtual inteligente automaticamente poderia elaborar uma resposta com uma mensagem precisa e entregue com empatia e cuidado, uma vez que a suposta insatisfação do cliente pela situação é percebida pela IA, reconhecendo a situação específica e resolvendo a situação com a informação requerida de imediato ou direcionando para que seja resolvida da melhor forma e pelos canais certos.
Independentemente do cenário, definir uma estratégia de IA correta significa analisar e definir de que forma a organização é capaz de gerar melhorias substanciais de produtividade, transformar a maneira como os funcionários e clientes vivenciam sua marca e, em última análise, acelerar sua agilidade na geração de resultados. É interessante contar com bons parceiros de tecnologia para investir nas soluções adequadas ao contexto no qual a organização está inserida.
Além do mais, a adoção da IA pode ser facilitada se feita por meio de plataformas de automação, como a ServiceNow, que agiliza a implementação ao oferecer integração simplificada, automação de fluxos de trabalho inteligentes e gestão eficiente de dados.
Esse sistema prioriza a experiência do usuário, segurança e conformidade, possibilitando ainda uma transição gradual, o que facilita a aceitação, tanto dos públicos de interesse, como dos colaboradores, e proporciona recursos de monitoramento para melhorar continuamente os modelos de IA utilizados.
Independentemente da forma como a empresa utilizará essa tecnologia, já é possível afirmar que a IA será, em um futuro muito próximo, uma das principais fontes de transformação, disrupção e vantagem competitiva do mercado, possibilitando que setores inteiros da economia repensem seus modelos de negócios.
Novos serviços, soluções, experiências, profissões e perspectivas estão por vir, e isso pode ser só o início de uma grande transformação.
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Autor: Luiz Cesar Baptistella é CEO e fundador da Aoop, a principal consultoria capaz de solucionar a automação e aceleração de estratégias digitais das empresas no Brasil.
Fonte e foto: Motim
Vantagem competitiva: o uso de Inteligência Artificial no mundo corporativo
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