Sem medo de errar, garanto que diálogos saudáveis – aqueles francos, abertos, claros, alicerçados na compreensão – compõem a base de um bom relacionamento. E não estou me referindo a apenas à relação entre homem e mulher. Toda interação humana deveria ser precedida por um manual de instruções: como ouvir o outro, como falar claramente, como envolver as pessoas em bate-papo, como ser franco sem ser grosseiro, como usar uma linguagem que apoie e encoraje as pessoas.
Engraçado! Manual de instruções, você pode estar pensado, serve para nos ajudar a usar coisas que não são novas e que exigem um pouco de conhecimento para funcionar. Mas as relações humanas são relações e não coisas! Na verdade, usei a metáfora do manual para deixar claro um paradigma que precisamos vencer por meio da consciência: o de que, pelo fato de todo mundo já nascer se comunicando, não há necessidade de se pensar, planejar, “replanejar” e investir massa cinzenta para melhorar o diálogo com o outro.
A ideia de me desenvolver, e olha que estou longe de conhecer plenamente a comunicação humana, surgiu desde muito cedo, com um certo empurrãozinho da facilidade em me relacionar com todo tipo de pessoa na escola, na vizinhança, na igreja, em casa e até no posto de saúde. Além disso, um certo fascínio com o texto e o jornalismo me conduziram nesse caminho.
Ou seja, mesmo quem tem habilidades natas para se relacionar com o outro pode (e deve!) ser consciente de que sempre existe espaço para melhorar. Mas melhorar pra quê? No mundo do excesso de informações, da correria, do afastamento dos amigos, as relações superficiais refletem a importância que damos à aproximação das pessoas, às boas conversas, aos contatos duradouros e à capacidade de fazer novas conexões.
Ainda não te convenci? Vejamos o que disse Confúcio, pensador e filósofo chinês, há milhares de anos: “Se quiser ter prosperidade por um ano, cultive grãos. Por dez anos, cultive árvores. Mas, para ter sucesso por 100 anos, cultive gente”.
Cultivar gente dá um trabalho danado! Mas, muito além da prosperidade financeira, colhemos resultados imensuráveis como conexões profissionais, que podem render um emprego em meio à crise; bons amigos, que rendem sempre cumplicidade e apoio; um amor, cuja importância transcende o físico; o vínculo afetivo na família, que assegura os valores e o caráter de um ser humano. E até mesmo em meio a desconhecidos, cultivar gente facilita a vida.
A ideia desse blog surgiu, então, para compartilhar caminhos e ideias de como planejar, se for o caso, improvisar, se não tiver outra alternativa, e desenvolver diálogos construtivos nos dias de hoje. É claro que não tenho a pretensão de criar um manual de instruções, até porque definitivamente pessoas não são coisas!
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Autora: Maraísa Lima é jornalista, especialista em comunicação empresarial, coach, palestrante e professora do curso “Comunicação Organizacional para Liderança Assertiva” do Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG). Está concluindo o MBA Executivo em Liderança e Gestão Organizacional.
Fonte e foto: Assessoria de Imprensa - Maraisa Lima
Diálogos: pessoas não são coisas!
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