A falta de capital de giro é uma questão vital para empresas de médio e grande porte, principalmente, para as familiares que apresentam um modelo de gestão conservador, ainda pouco flexível. Nem sempre o modelo que deu certo há décadas e trouxe crescimento é sinal de assertividade hoje em dia, por isso vemos muitos executivos se questionarem a respeito desse aspecto: “até então deu certo, o que está errado? Por que dificuldades batem em nossa porta?”.
A resposta está no entendimento de todas as áreas que envolvem o negócio e que pode ser resumida em: Competição, Clientes e Competências Internas. Quanto mais adiarmos o mapeamento destes pontos, maior será o período de “recuperação”, com reflexo penoso no caixa, o que levaria a uma ação diretamente na consequência e não na causa do problema. Com quatro anos atuando no mercado brasileiro, percebemos que, na maioria dos casos, a crise financeira, quando entendida como uma situação “sem saída”, está vinculada diretamente à falta de crédito com bancos. Isto é a consequência que me refiro. Essa é uma característica comum, porém perigosa quando falamos de empresas que crescem ou necessitam crescer. Ações imediatas na consequência aliviam, mas não sustentam um resultado virtuoso. Por isso, crescimento não é sinônimo de saúde nos negócios. Empresa saudável é aquela que apresenta o resultado e o caixa crescentes, fruto de suas ações de mercado e de melhoria interna, incluindo a capacitação de sua equipe para os novos e constantes desafios.
Quando mapeada “toda” a organização, encontramos oportunidades de melhoria desde um “Novo Produto” para um segmento inexplorado ou a identificação de “novos canais de vendas”, até remodelagens de processos, que juntos elevam o resultado de forma consistente. Nossa experiência comprova a tese de que a solução definitiva para o resultado não está nos bancos, mas sim, nas mudanças necessárias na forma de identificar oportunidades e transformá-las em realidade através das mudanças de comportamento e atitudes das pessoas. Evidentemente, os bancos são fontes interessantes para captação de recursos financeiros e necessitamos estreitar e transformar os relacionamentos que temos com eles.
O mapeamento e as mudanças necessárias não são óbvias! Na maioria absoluta das vezes é fundamental contar com apoio de empresas que momentaneamente auxiliam, constroem e participam conjuntamente no novo trajeto. O mercado de empresas que atuam como gestores interinos cresceu em função do amadurecimento dos empresários brasileiros em buscar parcerias para um novo posicionamento operacional, incluindo a alavancagem financeira adequada a realidade da empresa e do mercado, condensados em um Planejamento Estratégico realista.
O Planejamento é crucial para que um Plano de Ação possa ser estruturado e desdobrado por todas as áreas organizacionais. Cada um dos líderes e sua equipe devem saber “O Que Fazer e Como”, para reversão do cenário negativo. É crescente o número de clientes que nos procuram com foco no crescimento, o que não tem a ver com crises e sim com planejamento estratégico. Procuram gestores com expertise de “arrumar a casa” e que tenham fluência nos relacionamentos com fontes de financiamentos mais atrativos do que as tradicionalmente disponíveis pelos grandes bancos. “Na praça”, sempre há dinheiro, a questão é se esse dinheiro é atrativo ou depreciativo e como fazer para multiplicá-lo.
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Autor: Maurício Nascimento é especialista em gestão corporativa e executivo da Naxentia, empresa especializada em processos de fusão & aquisição, reestruturação, consultoria financeira e de gestão.
Fonte: www.agenciaov.com.br
Como encontrar dinheiro quando não se acha mais
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