Ao procurar cursos de inglês, os consumidores podem fazer escolhas equivocadas. Confira as dicas de Rosangela Souza, sócia-diretora da Companhia de Idiomas, na hora de optar pelo melhor curso ou escola de inglês.
1) Não escolha a escola mais barata. Curso de inglês não é como uma camiseta ou cafezinho que você compra porque está barato e se não for de boa qualidade, paciência. Muitas vezes o contrato que assinou prende você por anos, e se o curso não for bom, sua escolha será entre sair e perder dinheiro, ou ficar e não aprender nada. O que acha mais inteligente: economizar para fazer um bom curso e resolver o assunto em poucos anos ou gastar pouco, terminar um curso, e depois o mercado fazer você perceber que não é fluente? O único teste de inglês que conta na sua vida é a entrevista de emprego que seu futuro chefe americano, daquela empresa dos sonhos, fará com você por Skype. É para uma situação assim que você precisa se capacitar, e não para tirar nota na prova final e ganhar um certificado de Advanced.
2) Não escolha a escola mais próxima da sua casa, necessariamente. Mais importante que a conveniência, é a segurança de obter o resultado esperado, que é a fluência. Então, é melhor rastrear todas as escolas de seu trajeto casa/escola/trabalho. Pode ser que valha mais a pena estudar perto do trabalho, aproveitando o período de pico de trânsito, por exemplo. Ou optar por uma escola um pouco mais longe, fazer o curso aos sábados, mas ter a certeza de que ficará menos tempo lá e obterá melhores resultados. O ideal sempre é unir qualidade à conveniência. Uma escola que contrata e acompanha professores particulares que vão até você pode ser uma excelente opção, se você puder pagar por isso.
3) Não confie cegamente na indicação do seu vizinho. Método de ensino é algo pessoal. Seu amigo pode se adaptar muito bem a um método mais visual, por exemplo. E você não, pois seu jeito de aprender é muito diferente do jeito dele. Uma escola pode dar muito certo para um aluno, mas não necessariamente para todos. Antes de fazer sua escolha, pense em como você aprenderia melhor: gosta de música? de gramática? jogos? Depois, faça uma lista de perguntas para a hora das visitas às escolas. Visite pelo menos seis, e faça perguntas. Instalações e número de salas são indicadores irrelevantes. Qualidade dos professores e método alinhado com a forma com que você aprende são fundamentais.
4) Não acredite em fórmulas mágicas. Você já viveu bastante para saber que não aprende a dirigir em quatro horas, lendo o livrinho do autoescola. Que não emagrece de forma saudável em uma semana, tomando remédio. E que não aprende inglês em poucas semanas. Há coisas que requerem tempo e se você subverter a ordem, pode pagar um alto preço. Na dúvida sobre a capacidade de cumprimento da promessa, consulte sites de reclamações de consumidores, como o ReclameAqui. E tenha bom senso. Aprendizado depende 50% do aluno e 50% da escola (professor + método). Se não tiver vontade ou tempo disponível para fazer a sua parte, não se engane. Não comece!
5) Não ache que é bom só porque é famoso. Sabemos disso, mas a fama nos causa uma admiração, e começamos a achar que se é famoso é bom. Vivemos em um país cujo consumo e publicidade são voltados geralmente para as massas: há cantores, músicas, programas de TV, lojas de roupas, redes de restaurantes, todos muito famosos e não exatamente de qualidade. Uma marca pode se tornar famosa simplesmente porque pertence a um grande grupo e porque tem grandes investidores cuja estratégia é investir em propaganda para obtenção de lucro imediato. Não há nada de errado nisso, mas entenda que uma empresa não precisa ter qualidade para ser famosa ou existir. Alguns investidores não buscam a perenidade de um negócio - eles querem realizar lucro imediato, e quando os consumidores começarem a reclamar demais a ponto de manchar a marca, a mesma é descontinuada e substituída por outra. Difícil de acreditar que lucro não está relacionado com qualidade, mas no ensino isso é até bem comum, veja as faculdades com marcas famosas e superlotadas. Curso de inglês não é diferente. Fique atento.
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Rosangela Souza é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do ProfCerto. Especialista em Gestão Empresarial com MBA pela FGV e Professora de Estratégia na Pós-Graduação da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Atualmente é aluna de Pós-MBA da FIA/USP.
2) Não escolha a escola mais próxima da sua casa, necessariamente. Mais importante que a conveniência, é a segurança de obter o resultado esperado, que é a fluência. Então, é melhor rastrear todas as escolas de seu trajeto casa/escola/trabalho. Pode ser que valha mais a pena estudar perto do trabalho, aproveitando o período de pico de trânsito, por exemplo. Ou optar por uma escola um pouco mais longe, fazer o curso aos sábados, mas ter a certeza de que ficará menos tempo lá e obterá melhores resultados. O ideal sempre é unir qualidade à conveniência. Uma escola que contrata e acompanha professores particulares que vão até você pode ser uma excelente opção, se você puder pagar por isso.
3) Não confie cegamente na indicação do seu vizinho. Método de ensino é algo pessoal. Seu amigo pode se adaptar muito bem a um método mais visual, por exemplo. E você não, pois seu jeito de aprender é muito diferente do jeito dele. Uma escola pode dar muito certo para um aluno, mas não necessariamente para todos. Antes de fazer sua escolha, pense em como você aprenderia melhor: gosta de música? de gramática? jogos? Depois, faça uma lista de perguntas para a hora das visitas às escolas. Visite pelo menos seis, e faça perguntas. Instalações e número de salas são indicadores irrelevantes. Qualidade dos professores e método alinhado com a forma com que você aprende são fundamentais.
4) Não acredite em fórmulas mágicas. Você já viveu bastante para saber que não aprende a dirigir em quatro horas, lendo o livrinho do autoescola. Que não emagrece de forma saudável em uma semana, tomando remédio. E que não aprende inglês em poucas semanas. Há coisas que requerem tempo e se você subverter a ordem, pode pagar um alto preço. Na dúvida sobre a capacidade de cumprimento da promessa, consulte sites de reclamações de consumidores, como o ReclameAqui. E tenha bom senso. Aprendizado depende 50% do aluno e 50% da escola (professor + método). Se não tiver vontade ou tempo disponível para fazer a sua parte, não se engane. Não comece!
5) Não ache que é bom só porque é famoso. Sabemos disso, mas a fama nos causa uma admiração, e começamos a achar que se é famoso é bom. Vivemos em um país cujo consumo e publicidade são voltados geralmente para as massas: há cantores, músicas, programas de TV, lojas de roupas, redes de restaurantes, todos muito famosos e não exatamente de qualidade. Uma marca pode se tornar famosa simplesmente porque pertence a um grande grupo e porque tem grandes investidores cuja estratégia é investir em propaganda para obtenção de lucro imediato. Não há nada de errado nisso, mas entenda que uma empresa não precisa ter qualidade para ser famosa ou existir. Alguns investidores não buscam a perenidade de um negócio - eles querem realizar lucro imediato, e quando os consumidores começarem a reclamar demais a ponto de manchar a marca, a mesma é descontinuada e substituída por outra. Difícil de acreditar que lucro não está relacionado com qualidade, mas no ensino isso é até bem comum, veja as faculdades com marcas famosas e superlotadas. Curso de inglês não é diferente. Fique atento.
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Rosangela Souza é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do ProfCerto. Especialista em Gestão Empresarial com MBA pela FGV e Professora de Estratégia na Pós-Graduação da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Atualmente é aluna de Pós-MBA da FIA/USP.
Fonte: Ecco Press - www.eccopress.com.br
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Reviewed by Empresas S/A
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09:57
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