Apesar do século XXI, a sociedade brasileira ainda é primitiva e mantém diversas desigualdades sociais e culturais. Tendo em vista as desigualdades em relação ao gênero, é evidente um desequilíbrio na participação da mulher brasileira em diversos espaços, como na política, religião, esportes, movimentos sociais, entre outros. Porém, um setor de grande destaque e influência para a mulher nos últimos tempos é o mercado de trabalho. De acordo com a última pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) realizada em 2010 no Brasil, 49% das empresas nascentes eram administradas por mulheres. Além disso, o último Censo também realizado em 2010 revela que aquela mulher que há 10 anos ganhava 67% dos salários dos homens com o mesmo cargo, atualmente diminuiu essa diferença para 70%. Apesar de nos últimos três anos, as mulheres brasileiras ainda ganharem menos que os homens, é perceptível que entre os novos negócios, a parcela de mulheres empreendedoras já se aproxima do sexo oposto.
O mercado começa aceitar as diferenças biológicas e constitutivas do sexo feminino e a perceber que as qualidades existem independentemente do gênero. A boa comunicação, ética, capacidade de análise e capacidade de inspirar equipes faz parte da postura feminina, mas isso não quer dizer que homens também não são capazes de possuírem essas qualidades. O mundo empresarial cada vez mais compreende que o empenho, a competência e a dedicação são características capazes de distinguir um bom empreendedor, independente se for homem ou mulher.
As mulheres possuem alguns pontos marcantes da condição feminina, que quando equilibrados com racionalidade, podem gerar positividade aos negócios. A mulher possui características como intuição, sensibilidade e criatividade, normalmente derivadas do aspecto maternal, que se afloram na hora de gerenciar uma empresa. Em um quadro de desigualdade no mercado de trabalho, é fundamental que as mulheres saibam quais suas vantagens e seus pontos fortes. As empreendedoras devem saber utilizar esses pontos ao seu favor, sem abrir mão da essência feminina para entrar no ambiente corporativo. No caso, enquanto o homem é mais objetivo, a mulher possui uma visão mais global e essa aptidão auxilia em uma melhor e mais sucedida criação de produtos e análise de cenários. O cuidado deve ser na hora de tomar decisões, pois por possuir essa ampla visão, muitas vezes a mulher acaba sendo bem mais insegura do que o homem. Outro fator importante para a mulher se atentar é com a multifuncionalidade que possui, pois além de gestora de negócios, maior parte das empreendedoras são gestoras do lar, simultaneamente, e isso também pode se tornar um grande problema. Desempenhar papéis como de mãe e esposa, exige uma grande dedicação e responsabilidade, e com uma má administração de tarefas e horários na vida pessoal, isso pode refletir e afetar o perfil profissional da mulher.
Uma projeção apontada na Pesquisa Cenários 2020, do Sebrae-SP, revela que a participação das mulheres deverá subir para 42% em 2020, logo, ainda que a nossa sociedade tenha muito a conquistar para as mulheres, estamos uma época de reconhecimento ao poder feminino. A mulher contemporânea celebra a luta feminina para ter acesso aos direitos básicos de um cidadão, como o voto, emprego e educação. Lembrando que o Brasil é governado, pela primeira vez na história, por uma mulher. Ninguém imaginava que o sexo feminino teria tanta força no mercado de trabalho como está tendo nos últimos tempos.
É possível concluir que o tabu de que todas as mulheres tinham profissões secundárias aos homens é uma ideia ultrapassada. Ao contrário disso, muitas estão fazendo sucesso à frente dos negócios e estão realizadas com seu empreendimento. Apesar da dificuldade de conciliar a vida pessoal com a profissional, as mulheres empreendedoras permanecem no mercado de trabalho, mesmo enfrentando dificuldades econômicas, preconceitos e a cobrança da família. É necessário desenvolver e ampliar o mercado para a mulher, porém não devemos tirar o mérito da expansão e participação feminina no mundo empresarial.
É possível concluir que o tabu de que todas as mulheres tinham profissões secundárias aos homens é uma ideia ultrapassada. Ao contrário disso, muitas estão fazendo sucesso à frente dos negócios e estão realizadas com seu empreendimento. Apesar da dificuldade de conciliar a vida pessoal com a profissional, as mulheres empreendedoras permanecem no mercado de trabalho, mesmo enfrentando dificuldades econômicas, preconceitos e a cobrança da família. É necessário desenvolver e ampliar o mercado para a mulher, porém não devemos tirar o mérito da expansão e participação feminina no mundo empresarial.
______________________
Autora: Mari Gradilone, sócia-diretora do Grupo Virtual Office, maior empresa de escritórios virtuais em número de clientes no País. Empresária formada em Arquitetura e Desenho Industrial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Fonte: Contato Comunicação & Marketing - http://www.contatocomunicacao.blogspot.com.br
Mulheres Empreendedoras: da gestão do lar para a gestão de negócios
Reviewed by Empresas S/A
on
06:30
Rating:
Nenhum comentário: