Segurança nas escolas é prioridade para 87% dos pais brasileiros
Livros, cadernos, mochila, estojo, carteiras e lousa. O que antes era para ser um lugar educativo e seguro para os estudantes, hoje já não proporciona tanta proteção assim. Segundo a última pesquisa realizada pelo Centro de Empreendedorismo Social e Administração em Terceiro Setor (Ceats), a pedido da ONG Plan, cerca de 70% dos alunos brasileiros, entre a quinta e a oitava série, já presenciaram algum tipo de violência dentro da escola. Além disso, cerca de 30% dos estudantes já foram vítimas de violência escolar. Casos de bullying também estão inseridos nesses índices.
Devido a esses fatores, a segurança se tornou o principal critério na hora dos pais escolherem onde seus filhos irão estudar. O último levantamento do Ibope mostra isso: 87% dos pais entrevistados responderam que priorizam a segurança na escolha de um colégio particular. A qualidade do ensino e a disciplina ficaram logo atrás, com 81% e 74%, respectivamente.
Tecnologias de segurança nas escolas
O uso de altas tecnologias no esquema de segurança tem sido um forte aliado no combate à violência escolar. Francisco Ferreira, gerente comercial da G4S, multinacional de segurança privada, participou do desenvolvimento do esquema tecnológico de segurança na faculdade PUC-Campinas, em São Paulo. Segundo ele, “uma instituição segura é aquela que apresenta maior conhecimento dos seus fatores de risco e planeja sua segurança com investimento em equipamentos, softwares, além de determinação de treinamentos e procedimentos, buscando atender às suas necessidades”, afirma.
O especialista expõe alguns elementos utilizados na implantação do sistema na faculdade.“Instalamos câmeras com cabos de fibra ótica em 4 sites espalhados pela cidade, em um raio de aproximadamente 20km. Foram cerca de 150 câmeras instaladas inicialmente, centralizando via IP o monitoramento total em um único ponto”, descreve.
O gerente apresenta ainda os principais benefícios que essas tecnologias trouxeram à instituição.“Dentre os benefícios, podemos destacar o monitoramento em tempo real de todos os pontos de câmeras. Isso promove maior agilidade no atendimento e na solução de ocorrências, reduzindo dúvidas e identificando indivíduos com atitudes suspeitas”, diz Ferreira.
Nos últimos anos, novas técnicas de segurança foram desenvolvidas com foco em unidades educacionais, como equipamentos e softwares com capacidade de controle de acesso e frequência de alunos. Uma das mais recentes tecnologias é o sistema de RFID, cuja finalidade é rastrear os bens através de chips embutidos no interior de objetos, o que possibilita o controle de patrimônios e ativos da instituição, como livros, equipamentos e carros pré-cadastrados.
A tendência de evolução futura em segurança para as instituições de ensino passa pela tecnologia embarcada em equipamentos, que engloba câmeras com reconhecimento facial e, até mesmo, controle de acessos com frequência de alunos, desta vez, integrado ao sistema de notas.
Além disso, tal evolução tecnológica não se restringe a um único segmento de mercado, mas sim, pode ser indicado e adaptado para diversos focos a serem atingidos e de acordo com os anseios e necessidades do cliente. Francisco Ferreira sugere alguns itens importantes em um sistema de segurança de uma unidade educacional, considerando as camadas externas e internas do local e seus fatores de risco:
5 Itens que devem ser observados no sistema de segurança de uma instituição de ensino:
Segurança ostensiva. Trata-se de instalações de equipamentos e serviços aliados a vigilantes e carros fazendo ronda. Quanto mais imponente for, maior será o seu efeito.
Segurança implícita. Esse tipo de segurança está relacionado à sensação de segurança causada por alguns fatores, como o planejamento do espaço desde o inicio da obra, procedimentos e comportamentos das pessoas envolvidas naquele ambiente e o histórico de ocorrências no local. O ambiente pode até não oferecer tanta segurança, mas transmite essa sensação.
Portões de acesso. Por estar localizado na área externa da instituição, tal espaço sugere sensores e barreiras perimetrais, câmeras, cancelas, controle de acessos, equipamentos e softwares de reconhecimento facial e identificação de veículos monitorados para automóveis pré-cadastrados.
Estacionamento. Nesse ponto, que pode ser externo ou não, é aconselhável a presença de sensores, barreiras perimetrais, câmeras e dispositivos de emergência.
Áreas Internas. Geralmente, são compostas por departamentos, como TI, financeiro, secretaria, tesouraria, laboratórios, administração, biblioteca, almoxarifado, salas de aula e diretoria ou reitoria. Seriam camadas centrais a serem distribuídas de acordo com sua classificação de risco. Nesse caso, sensores de presença, controles de acessos internos, câmeras, acionadores, dispositivos de emergência, controle de patrimônios (RFID) e Centrais de Monitoramento e controle são altamente recomendáveis.
Fonte: Sintonia - www.sintonia.com.br
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