É importante conhecer seu significado, ainda mais se soubermos que 94% da população brasileira não sabem realmente o que significam essas palavras. Se você conhece, então faz parte de uma elite intelectual.
Deter conhecimento é deter poder, mas reter conhecimento é aprisionar-se. E, é com pesar, que registro a baixa repercussão que o Fórum Mundial de Sustentabilidade, que aconteceu em Manaus recentemente, teve.
Temos que ter em mente que sustentabilidade não é uma questão apenas de conservação de ecossistemas e da biodiversidade.
A Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu desenvolvimento sustentável como o \"desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades\".
Temos que difundir e internalizar o conceito de sustentabilidade, caso contrário, continuaremos a sofrer com as conseqüências de não se pensar as suas ações.
A recente experiência do desmoronamento de nossas encostas por conta da ocupação desordenada do solo deve gerar uma reflexão. As enchentes chegaram aos grandes centros e, é fato que as catástrofes naturais não atingem somente a classe proletária.
Os detentores do conhecimento foram vitimados no conforto de suas mansões e resorts. É bem verdade que a questão ambiental ganhou voz nos mais variados segmentos da sociedade organizada.
Hoje temos organismos de proteção ambiental dentro dos três entes políticos, União, Estado e Município, além de institutos nacionais e internacionais com poder de impedir edificações em desacordo com os padrões indicados.
Os grandes centros Rio de Janeiro e São Paulo são apenas alguns estados que podem nos dar exemplos de exclusão e marginalidade no entorno de grandes plantas industriais. No Maranhão, existem palafitas no caminho de grandes indústrias. Algumas, salienta-se, são festejadas por sua preocupação com a sustentabilidade.
O fato é que as coisas não podem ser pensadas de forma isolada. Os idealizadores de Brasília, nossa planejada Capital Federal, se esqueceram que aquela gente que edificou o sonho de Juscelino Kubitschek, teria de morar em algum lugar.
Surgiu, então, o calango e as cidades satélites, mostrando que não tem como varrer o mundo real para debaixo do tapete, pois um dia o vento bate e seremos todos parte do mesmo pó.
Autor: Charles René Lebarbenchon é advogado da Gasparino Advogados
Fonte: Economia SC
Modos de pensar o desenvolvimento sustentável
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