Arrumar as gavetas, de forma simbólica, pode significar arrumar a saúde financeira de uma empresa. Com a aceleração do sistema de informações da Receita Federal, hoje não há mais espaço para a permanência de empresários omissos em relação a esse tema. Entretanto, não é nada raro encontrá-los.
O planejamento tributário, conhecido legalmente por elisão fiscal, é um conjunto de operações estratégicas nas quais se utilizam meios lícitos para se obter a máxima diminuição no pagamento dos tributos. Segundo o IBPT, no Brasil, em média, 35% do faturamento empresarial é dirigido ao pagamento de tributos. Logo, o planejamento tributário é assunto prioritário e obrigatório para todo bom empresário.
A elisão fiscal deve decorrer da própria lei ou de uma de suas lacunas. A que decorre da lei é a própria norma legal que irá permitir - ou até mesmo conduzir - à empresa a economia de tributos, como por exemplo, os incentivos fiscais. Já a elisão fiscal decorrente de lacunas pode ser alcançada através de estratégias utilizadas por advogados especialistas, onde são utilizados elementos não proibitivos, a saber aqueles que irão evitar o fato gerador e, como conseqüência, estar em harmonia com a legislação.
De forma bastante clara, o planejamento tributário pode ser alocado dentro de oito gavetas, nas quais o empresário deve manter atenção, de tal sorte a tornar seu negócio o mais lucrativo possível. A técnica das gavetas consiste em escalonar dentro de oito etapas todas as ações estratégicas que o empresário deverá percorrer durante seu projeto fiscal.
Gaveta 1: A empresa foi criada para prosperar, portanto, o empresário deve ser ativo;
Gaveta 2: A cultura gerencial do empresário e sua equipe deve ser dinâmica para estar sempre de acordo com as necessidades do mercado;
Gaveta 3: Apenas o advogado tributarista especializado é capaz de realizar um planejamento tributário com excelência;
Gaveta 4: Sempre é hora de diminuir os tributos;
Gaveta 5: A utilização das estratégias deve ocorrer através de meios lícitos;
Gaveta 6: Para tanto, o advogado deve conhecer profundamente as normas tributárias;
Gaveta 7: A organização precisa obter mais lucros e, por conseqüência, liquidez;
Gaveta 8: A organização deve estar devidamente preparada para receber qualquer tipo de fiscalização, sem pânico e com a máxima transparência.
No mais, o planejamento tributário deve ser interpretado pelo empresário como um investimento e não como um custo, visto que alguns escritórios de renome prestam este serviço cobrando seus honorários sobre a economia alcançada. A consultoria tributária envolve a coleta de informações, a simulação de estratégias legais versus a carga tributária pretendida e a implantação das alternativas aplicáveis, bem como seus efeitos financeiros. E tem como objetivo final o benefício fiscal.
Autora: Patricia Barreto Gavronski, especialista em franquias
Fonte: Economia SC
Planejamento Tributário e a chamada técnica das oito gavetas
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